25.12.2013

Poema de Natal – Vinícius de Moraes

NATAL

Vinícius de Moraes

A grande ocorrência

Que  nos conta o sino

É que, na indigência

Nasceu um menino.

 

Mil e novecentos

E cinquenta e três

Anos são peremptos

Dessa meninez.

 

Muito tempo faz…

Mas ninguém olvida

Que é um dia de paz…

Porque fez-se a vida!

 

Natal de 1953

Comentários
  1. Este poema de Natal de Vinícius é tão atual que poderia ter sido escrito este ano, né?
    Vou muito ao dicionário por causa de Vinícius, e, para quem precisar das definições:
    – olvidar: esquecer.
    – perempto: que não se encontra mais em vigor, que foi extinto por perempção; caduco.

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