NATAL
Vinícius de Moraes
A grande ocorrência
Que nos conta o sino
É que, na indigência
Nasceu um menino.
Mil e novecentos
E cinquenta e três
Anos são peremptos
Dessa meninez.
Muito tempo faz…
Mas ninguém olvida
Que é um dia de paz…
Porque fez-se a vida!
Natal de 1953
1 Comentário
Este poema de Natal de Vinícius é tão atual que poderia ter sido escrito este ano, né?
Vou muito ao dicionário por causa de Vinícius, e, para quem precisar das definições:
– olvidar: esquecer.
– perempto: que não se encontra mais em vigor, que foi extinto por perempção; caduco.